Em blog, atleta dos EUA descreve Rio com paisagem miserável e degradante
THIAGO ARANTES
da Folha Online
Uma cidade sitiada, com agentes do FBI à paisana para garantir a segurança da população. Com rios poluídos, margens repletas de animais mortos, enquanto os vivos bebericam as águas negras, infestadas pela poluição. Não há comida decente por perto, o que obriga os estrangeiros a procurarem durante horas por alimentos que atendam às suas necessidades nutricionais. Este é o Rio de Janeiro que a norte-americana Angie Akers, 31, enxerga nos Jogos Pan-Americanos.
Atleta do vôlei de praia, modelo e socióloga por formação, Akers participou pela primeira vez de uma competição no Brasil, ao lado da companheira Brooke Niles Hanson. E, pelas impressões do Rio de Janeiro que escreve em seu blog (angieakers.blogspot.com), atualizado durante os Jogos, esta pode ser a última vez que ela deixa o conforto de Redondo Beach, na Califórnia.
Cidade acanhada, com 63 mil habitantes (segundo o censo de 2000), o pequeno paraíso californiano ficou famoso por ser o destino da atrapalhada família de "Pequena Miss Sunshine". É um dos filmes preferidos de Angie Akers, segundo seu site oficial.
Pois a "Miss Sunshine" norte-americana viu pouco brilho no Pan do Rio, tanto em quadra quanto fora dela. Em quadra, foi eliminada nas quartas-de-final, após derrota para a dupla mexicana Mayra Garcia e Bibiana Candelas. Fora das areias de Copacabana, relatou uma paisagem miserável em seu blog.
"A cidade inteira, de tantos milhões de habitantes, só tem favelas. Os rios correm negros. Porcos e outros animais bebem a água suja. É terrível", escreve a atleta em seu diário virtual.
"As coisas aqui são muito loucas!!! Não há o que se preocupar com segurança, porque há 15 mil policiais, agentes do FBI à paisana, agentes secretos etc, em todos os lugares. Esse lugar é o mais pobre que já vi. É muito triste", relata Akers, que faz uma ressalva. "Copacabana, onde jogo, é o lugar mais legal de tudo o que vi."
A Vila Pan-Americana também mereceu criticas leves no texto da jogadora. "A Vila é legal. Foi construída especialmente para os Jogos e os apartamentos serão vendidos para os mais ricos do Rio depois que sairmos. Mas, para se ter idéia, é o básico do básico. Não existe luxo aqui", afirmou, referindo-se aos alojamentos de atletas, que já receberam reclamações de outros competidores.
Outra crítica de Akers que chama a atenção é quanto ao cardápio da Vila. "É interessante. Nos disseram que teríamos uma ótima comida, aprovada por nutricionistas esportivos. Estou chocada com o que os atletas de outros países comem. Muita batata frita, cachorro-quente, pães e sobremesas que vocês [leitores] não acreditariam. A maioria dos atletas nem parece atleta", continua a norte-americana, que disse ter encontrado dificuldades para se alimentar.
"É uma dificuldade para encontrar comida boa. Brooke [Hanson, a parceira] e eu quase ficamos em pânico no primeiro jantar e café da manhã, quando procuramos por algo que conseguíssemos comer", escreveu a atleta, que só poupou uma grande churrascaria, que disse ter visitado na noite de quarta-feira. "Foi uma das melhores refeições que fiz na vida."
O sistema de transporte dos atletas também rendeu críticas da norte-americana. "Quando temos dois treinos, são quatro horas no ônibus. Quando é um treino, só duas horas. Eles [organizadores] realmente nos mantêm ocupadas", escreveu.
Diante de tantas críticas, a Folha Online procurou Akers para conversar a respeito. Mas, recém-eliminada pela dupla mexicana, a "Miss Sunshine" de Redondo Beach não quis conversa. "O Rio é um ótimo lugar para receber um Pan-Americano", afirmou, antes de deixar a zona mista das arenas de Copacabana.
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Atleta do vôlei de praia, modelo e socióloga por formação, Akers participou pela primeira vez de uma competição no Brasil, ao lado da companheira Brooke Niles Hanson. E, pelas impressões do Rio de Janeiro que escreve em seu blog (angieakers.blogspot.com), atualizado durante os Jogos, esta pode ser a última vez que ela deixa o conforto de Redondo Beach, na Califórnia.
Cidade acanhada, com 63 mil habitantes (segundo o censo de 2000), o pequeno paraíso californiano ficou famoso por ser o destino da atrapalhada família de "Pequena Miss Sunshine". É um dos filmes preferidos de Angie Akers, segundo seu site oficial.
Pois a "Miss Sunshine" norte-americana viu pouco brilho no Pan do Rio, tanto em quadra quanto fora dela. Em quadra, foi eliminada nas quartas-de-final, após derrota para a dupla mexicana Mayra Garcia e Bibiana Candelas. Fora das areias de Copacabana, relatou uma paisagem miserável em seu blog.
"A cidade inteira, de tantos milhões de habitantes, só tem favelas. Os rios correm negros. Porcos e outros animais bebem a água suja. É terrível", escreve a atleta em seu diário virtual.
"As coisas aqui são muito loucas!!! Não há o que se preocupar com segurança, porque há 15 mil policiais, agentes do FBI à paisana, agentes secretos etc, em todos os lugares. Esse lugar é o mais pobre que já vi. É muito triste", relata Akers, que faz uma ressalva. "Copacabana, onde jogo, é o lugar mais legal de tudo o que vi."
A Vila Pan-Americana também mereceu criticas leves no texto da jogadora. "A Vila é legal. Foi construída especialmente para os Jogos e os apartamentos serão vendidos para os mais ricos do Rio depois que sairmos. Mas, para se ter idéia, é o básico do básico. Não existe luxo aqui", afirmou, referindo-se aos alojamentos de atletas, que já receberam reclamações de outros competidores.
Outra crítica de Akers que chama a atenção é quanto ao cardápio da Vila. "É interessante. Nos disseram que teríamos uma ótima comida, aprovada por nutricionistas esportivos. Estou chocada com o que os atletas de outros países comem. Muita batata frita, cachorro-quente, pães e sobremesas que vocês [leitores] não acreditariam. A maioria dos atletas nem parece atleta", continua a norte-americana, que disse ter encontrado dificuldades para se alimentar.
"É uma dificuldade para encontrar comida boa. Brooke [Hanson, a parceira] e eu quase ficamos em pânico no primeiro jantar e café da manhã, quando procuramos por algo que conseguíssemos comer", escreveu a atleta, que só poupou uma grande churrascaria, que disse ter visitado na noite de quarta-feira. "Foi uma das melhores refeições que fiz na vida."
O sistema de transporte dos atletas também rendeu críticas da norte-americana. "Quando temos dois treinos, são quatro horas no ônibus. Quando é um treino, só duas horas. Eles [organizadores] realmente nos mantêm ocupadas", escreveu.
Diante de tantas críticas, a Folha Online procurou Akers para conversar a respeito. Mas, recém-eliminada pela dupla mexicana, a "Miss Sunshine" de Redondo Beach não quis conversa. "O Rio é um ótimo lugar para receber um Pan-Americano", afirmou, antes de deixar a zona mista das arenas de Copacabana.
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É um absurdo isso. Eu fui ao blog onde a FdP postou isso mas ele está fechado apenas para convidados.
Com certeza nós internautas brasileiros não vamos deixar isso passar em branco.
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